quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

(momento prosa)

São 7 e pouco da manhã (esse blog tá em outro fuso). Acabei me lembrando de um caso de uns 3 dias atrás, quando um xerife estadunidense foi acusado de tortura pelos presos de seu condado. O motivo era que o figura, que se diz o xerife mais durão dos Estados Unidos, tava colocando 12 horas seguidas, por dia, de músicas natalinas pros caras! Acabou absolvido, sob a alegação de que as músicas tinham o objetivo de inserir o espírito natalino na galera. Não que sejam casos idênticos, pelo contrário, mas, inevitavelmente, 3 coisas vieram à minha cabeça: Freak Brothers, Guantánamo, e as vacas japonesas Wagyu:

- Freak Brothers: histórias em quadrinhos clássicas de Gilbert Shelton, das décadas de 60, 70 e 80, onde 3 hippies passam pelas maiores enrascadas em busca de aventura e umas ervas. Vira e mexe os caras topam com xerifes durões, generais reformados, policiais corruptos, todos dispostos a atravancar o caminho, molhar as mãos, ou, no mínimo, tirar uma com a cara deles. O motivo, sempre, é pelo simples fato de eles serem hippies.

- Guantánamo: os presos do Campo de Detenção da Baía de Guantánamo, em Cuba, prisão militar estadunidense, eram torturados com músicas pop, rap e heavy metal lá nas alturas. Acorrentados na escuridão, às vezes por semanas, eram privados do sono, pois de tempos em tempos a música começava. Isso começou a ser chamado de "sadismo utilitário", uma vez que argumentavam estar usando a cultura estadunidense e inglesa na busca pelas confissões, tornando-se uma prática "permissível". Alguns artistas se mostraram orgulhosos.

- vacas japonesas Wagyu: elas são criadas a música clássica e massagem, resultando na carne bovina mais macia que se pode encontrar neste mundão. A mais cara, também. O tal do "kobe beef" chega a ser vendido por 1000 dólares, cada 200 gramas. Sem contar que elas dão mais leite do que o normal!

http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/posts/2009/12/20/detentos-processam-xerife-por-tortura-com-musicas-natalinas-251555.asp

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