sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

companheira

com seu usual assombro
busca o tolo companheiro
o conforto de um ombro:

"de todas as eiras e beiras
és a melhor das conselheiras:
que faço eu com mi'a demência
de triste escravo da prudência?"

com sua usual frieza
mostra a dura companheira
a condição de sua presa:

"ao caçador pede um conselho
o desenganado coelho.
pois digo eu, que nunca errei,
que em ti, ainda, não toquei!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário