na minha velha fome
de viver
como a vida...
é doce!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
enfim, música!
triste seria o menino
no próprio leito de morte
despido da velha fé
não se fazendo forte
para marcar com o pé
o ritmo de sua sorte
no próprio leito de morte
despido da velha fé
não se fazendo forte
para marcar com o pé
o ritmo de sua sorte
dinheiro vivo
ou notas de real tem animais que voam
ou notas de real tem animais em extinção
quais os signos que povoam
o subconsciente do povão?
ou notas de real tem animais em extinção
quais os signos que povoam
o subconsciente do povão?
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
diem noctis
tímida e insegura
coberta num lençol
renasce rubra a lua
com síndrome de sol
mostrando claro amor
disposto a entrar na sua
renasce o sol branquinho
com síndrome de lua
coberta num lençol
renasce rubra a lua
com síndrome de sol
mostrando claro amor
disposto a entrar na sua
renasce o sol branquinho
com síndrome de lua
tratamento moderno
sem nenhum tempo a perder, eu escolho
no menu
uma incrível sessão de acupuntura
por vodu
no menu
uma incrível sessão de acupuntura
por vodu
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
(momento prosa)
São 4 da madrugada do dia 28. Lembrei-me de um acontecimento do dia em que completei 7 anos. Tinha a ver com o tempo...
A festa tava bem animada, muitos amiguinhos tinham vindo, ganhei muitos presentes, filmavam a festa, tinha um bolão de chocolate em forma de ursinho com linguinha de cereja, tinha recepção ensaiada, guaraná caçula, caixinha-surpresa, rolava "do ré mi fá" no piano, cantavam "com quem será?"... enfim, tava muito divertido!
Altas horas da noite, quando todos já tinham ido embora e a copa tava toda cheia de restos mortais da festa, eu tava inquieto na cama, tentando dormir. Não conseguia de jeito nenhum.
Eu me levantei e bem silenciosamente fui até a copa, que fazia divisão com a sala. Meus pais tavam vendo tv lá, então nem me atrevi a ir em frente, com medo de me perguntarem o que eu tava fazendo acordado. Enfiei-me embaixo da mesa da copa e fiquei por lá um tempão.
Quando chegou uma determinada hora, minha mãe ouviu um barulho e comentou com o meu pai. Ela foi conferir e me viu lá, sentado, todo envergonhado, e, claro, me perguntou o que eu tava fazendo ali. Aí não teve jeito, falei mais ou menos assim:
- Ah... não sei, fiz 7 anos e parece que não mudou nada! Tá tudo a mesma coisa...
Eu até cheguei a achar essa uma história bonitinha, mas ela se trata da história de um garoto a quem já haviam tristemente ensinado que o tempo é o grande inimigo das suas brincadeiras. Claro que um único dia não me modificaria por um ano inteiro de uma vez só, mas era justamente isso que me incomodava. Eu havia já criado esse tempo, como todos um dia o fazem - o tempo que viria a me dizer que eu já era muito crescido pra brincar com ele. Eu ainda iria entrar embaixo de muitas mesas por causa disso... embaixo da mesa... em cima do muro...
Minha mãe riu, conversou um pouco comigo e me chamou pra ir ver tv com eles. Fiquei um pouco e dormi lá mesmo, no sofá. Aí me carregaram até a cama.
o relógio de meu avô
marca a hora de hoje
só que ele não sabe
São 4 da madrugada do dia 28. Lembrei-me de um acontecimento do dia em que completei 7 anos. Tinha a ver com o tempo...
A festa tava bem animada, muitos amiguinhos tinham vindo, ganhei muitos presentes, filmavam a festa, tinha um bolão de chocolate em forma de ursinho com linguinha de cereja, tinha recepção ensaiada, guaraná caçula, caixinha-surpresa, rolava "do ré mi fá" no piano, cantavam "com quem será?"... enfim, tava muito divertido!
Altas horas da noite, quando todos já tinham ido embora e a copa tava toda cheia de restos mortais da festa, eu tava inquieto na cama, tentando dormir. Não conseguia de jeito nenhum.
Eu me levantei e bem silenciosamente fui até a copa, que fazia divisão com a sala. Meus pais tavam vendo tv lá, então nem me atrevi a ir em frente, com medo de me perguntarem o que eu tava fazendo acordado. Enfiei-me embaixo da mesa da copa e fiquei por lá um tempão.
Quando chegou uma determinada hora, minha mãe ouviu um barulho e comentou com o meu pai. Ela foi conferir e me viu lá, sentado, todo envergonhado, e, claro, me perguntou o que eu tava fazendo ali. Aí não teve jeito, falei mais ou menos assim:
- Ah... não sei, fiz 7 anos e parece que não mudou nada! Tá tudo a mesma coisa...
Eu até cheguei a achar essa uma história bonitinha, mas ela se trata da história de um garoto a quem já haviam tristemente ensinado que o tempo é o grande inimigo das suas brincadeiras. Claro que um único dia não me modificaria por um ano inteiro de uma vez só, mas era justamente isso que me incomodava. Eu havia já criado esse tempo, como todos um dia o fazem - o tempo que viria a me dizer que eu já era muito crescido pra brincar com ele. Eu ainda iria entrar embaixo de muitas mesas por causa disso... embaixo da mesa... em cima do muro...
Minha mãe riu, conversou um pouco comigo e me chamou pra ir ver tv com eles. Fiquei um pouco e dormi lá mesmo, no sofá. Aí me carregaram até a cama.
o relógio de meu avô
marca a hora de hoje
só que ele não sabe
prece pro menino sério
acorda filhinho, meu coração
não tenha medo do bicho papão
ele é divino, não morde não
e quando morde é tudo de bão! :o)
não tenha medo do bicho papão
ele é divino, não morde não
e quando morde é tudo de bão! :o)
domingo, 27 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
picadeiro
quando me virei pra fugir
dei com meu nariz numa porta...
uff! percebi
que ia ficar vermelho de qualquer jeito!
dei com meu nariz numa porta...
uff! percebi
que ia ficar vermelho de qualquer jeito!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
(momento prosa)
São 7 e pouco da manhã (esse blog tá em outro fuso). Acabei me lembrando de um caso de uns 3 dias atrás, quando um xerife estadunidense foi acusado de tortura pelos presos de seu condado. O motivo era que o figura, que se diz o xerife mais durão dos Estados Unidos, tava colocando 12 horas seguidas, por dia, de músicas natalinas pros caras! Acabou absolvido, sob a alegação de que as músicas tinham o objetivo de inserir o espírito natalino na galera. Não que sejam casos idênticos, pelo contrário, mas, inevitavelmente, 3 coisas vieram à minha cabeça: Freak Brothers, Guantánamo, e as vacas japonesas Wagyu:
- Freak Brothers: histórias em quadrinhos clássicas de Gilbert Shelton, das décadas de 60, 70 e 80, onde 3 hippies passam pelas maiores enrascadas em busca de aventura e umas ervas. Vira e mexe os caras topam com xerifes durões, generais reformados, policiais corruptos, todos dispostos a atravancar o caminho, molhar as mãos, ou, no mínimo, tirar uma com a cara deles. O motivo, sempre, é pelo simples fato de eles serem hippies.
- Guantánamo: os presos do Campo de Detenção da Baía de Guantánamo, em Cuba, prisão militar estadunidense, eram torturados com músicas pop, rap e heavy metal lá nas alturas. Acorrentados na escuridão, às vezes por semanas, eram privados do sono, pois de tempos em tempos a música começava. Isso começou a ser chamado de "sadismo utilitário", uma vez que argumentavam estar usando a cultura estadunidense e inglesa na busca pelas confissões, tornando-se uma prática "permissível". Alguns artistas se mostraram orgulhosos.
- vacas japonesas Wagyu: elas são criadas a música clássica e massagem, resultando na carne bovina mais macia que se pode encontrar neste mundão. A mais cara, também. O tal do "kobe beef" chega a ser vendido por 1000 dólares, cada 200 gramas. Sem contar que elas dão mais leite do que o normal!
http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/posts/2009/12/20/detentos-processam-xerife-por-tortura-com-musicas-natalinas-251555.asp
São 7 e pouco da manhã (esse blog tá em outro fuso). Acabei me lembrando de um caso de uns 3 dias atrás, quando um xerife estadunidense foi acusado de tortura pelos presos de seu condado. O motivo era que o figura, que se diz o xerife mais durão dos Estados Unidos, tava colocando 12 horas seguidas, por dia, de músicas natalinas pros caras! Acabou absolvido, sob a alegação de que as músicas tinham o objetivo de inserir o espírito natalino na galera. Não que sejam casos idênticos, pelo contrário, mas, inevitavelmente, 3 coisas vieram à minha cabeça: Freak Brothers, Guantánamo, e as vacas japonesas Wagyu:
- Freak Brothers: histórias em quadrinhos clássicas de Gilbert Shelton, das décadas de 60, 70 e 80, onde 3 hippies passam pelas maiores enrascadas em busca de aventura e umas ervas. Vira e mexe os caras topam com xerifes durões, generais reformados, policiais corruptos, todos dispostos a atravancar o caminho, molhar as mãos, ou, no mínimo, tirar uma com a cara deles. O motivo, sempre, é pelo simples fato de eles serem hippies.
- Guantánamo: os presos do Campo de Detenção da Baía de Guantánamo, em Cuba, prisão militar estadunidense, eram torturados com músicas pop, rap e heavy metal lá nas alturas. Acorrentados na escuridão, às vezes por semanas, eram privados do sono, pois de tempos em tempos a música começava. Isso começou a ser chamado de "sadismo utilitário", uma vez que argumentavam estar usando a cultura estadunidense e inglesa na busca pelas confissões, tornando-se uma prática "permissível". Alguns artistas se mostraram orgulhosos.
- vacas japonesas Wagyu: elas são criadas a música clássica e massagem, resultando na carne bovina mais macia que se pode encontrar neste mundão. A mais cara, também. O tal do "kobe beef" chega a ser vendido por 1000 dólares, cada 200 gramas. Sem contar que elas dão mais leite do que o normal!
http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/posts/2009/12/20/detentos-processam-xerife-por-tortura-com-musicas-natalinas-251555.asp
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)